31/10/2012

30/10/2012 11h58 - A Na Paraíba, provas do Enem estão guardadas sob vigilância do Exército

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Exército Brasileiro vigia provas do Enem na Paraíba (Foto: Francisco França/Jornal da Paraíba)Exército Brasileiro vigia provas do Enem na Paraíba
As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão aplicadas no sábado (3) e domingo (4). Na Paraíba, 141.519 candidatos se inscreveram para o exame que acontece às 13h horário de Brasília. As provas já estão no estado e sob a vigilância do Exército Brasileiro.
A Paraíba tem o quinto maior número de inscritos do Nordeste, segundo dados do Ministério da Educação. As mulheres serão maioria dos participantes do Enem e corresponderão a 59% do total de inscritos do Brasil. Serão 3.416.435 concorrentes contra 2.374.855 homens (41%).
O local é gradeado, fechado com cadeados e ainda está sendo monitorado por circuito interno de câmeras, que funciona durante as 24 horas diárias. As imagens são gravadas e armazenadas em um banco de dados. Só existem duas cópias das chaves que dão acesso ao local e apenas as equipes do Ministério da Educação e do comando da unidade militar podem entrar na sala.
No sábado serão aplicadas as provas de ciências humanas e ciências da natureza, e no domingo, matemática, linguagens e redação. Vinte e seis caixas contendo os exemplares dos testes chegaram à Paraíba na sexta-feira (26) e se encontram guardadas em uma sala do 15º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz), instalado no bairro Cruz das Armas.
Segundo o comandante do 15º BIMtz, coronel Reinaldo Salgado, os exames vieram de Pernambuco e foram escoltados por um comboio da Polícia Rodoviária Federal até chegarem a João Pessoa. Do batalhão, só sairão no dia que antecede o início do Enem e seguirão direto para os locais de prova.
A iniciativa de entregar ao Exército a responsabilidade de guardar os exemplares do Enem foi adotada pelo Governo Federal desde o ano passado, com o objetivo de evitar o vazamento das questões, como ocorreu em anos anteriores. Além da Paraíba, outros que aplicarão o teste já receberam as provas desde a semana passada. O material também está sendo guardado nas unidades militares.
Os exames estão sendo enviados pelo Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação, responsável pela realização dos testes. Segundo a entidade, a distribuição dos cadernos de questões começou no dia 26 deste mês. Cerca de 11,5 milhões de exemplares da prova percorreram 9.728 rotas para chegar a 1.612 municípios diferentes, em que serão aplicados os testes.
O material foi dividido em 45 mil malotes. Quase 450 mil fiscais do Enem e 72 unidades do Exército Brasileiro foram mobilizados para atuar nos trabalhos. Além deles, equipes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária e Polícia Militar também auxiliaram nas atividades.  Ao todo, 5.791.290 pessoas participarão do exame, no país.

22/10/2012

OPERAÇÕES COMBINADAS DE DEFESA



O DEFESA BR é uma SIMULAÇÃO de tudo que o Brasil
poderia fazer
 para manter a soberania sobre suas riquezas
das Amazônias Verde e Azul 
com um conservador
Orçamento de Defesa de 1 % do PIB
.

Operações Combinadas são um conceito moderno de aplicação de forças militares de mar, terra e ar, de forma coordenada, para atingir um objetivo que seja de interesse para o país. 

O Ministério da Defesa vem praticando essas operações todos os anos como parte de um projeto de proteção de instalações de interesse estratégico do Brasil.
O exemplo em moda hoje no Brasil é a defesa da área da Bacia de Campos e da infra-estrutura de petróleo e gás da região Sudeste, graças à nova era do Pré-Sal, mas o conceito vale para a defesa de áreas de grande atividade econômica.

As áreas mais visadas em um primeiro momento de ataque seriam as usinas de energia (hidrelétricas e nucleares), siderúrgicas, minas, estradas, aeroportos, portos, plataformas, gasodutos, pontes, e navios cargueiros com suas rotas, entre muitos outros.



Vizinhos Irrequietos

Diagrama da situação do Brasil frente
a seus vizinhos de língua espanhola.



OPERAÇÃO ATLÂNTICO I

A Marinha, o Exército e a Força Aérea realizaram pela primeira vez, no período de 12 a 26 de setembro de 2008, a Operação Combinada Atlântico, no litoral dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo e no Atlântico Sul, coordenada pelo Ministério da Defesa e comandada pelo Comandante de Operações Navais

Sua principal motivação foi o treinamento das Forças Armadas para um eventual emprego em defesa da soberania do Brasil.

Estiveram envolvidos nesta operação cerca de 9.000 militares e meios da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.

Na região Sul, houve treinamento de comandos e estados-maiores, treinamento visando operações integradas das 3 Forças, e ações que envolveram o combate convencional em áreas marítimas e litorâneas. 



VÍDEO - OPERAÇÃO ATLÂNTICO 2008 (00:30 MIN)
 

Vídeo institucional
da Operação


O custo da "Operação Atlântico" foi de R$ 20 milhões, regularmente prevista no Orçamento da União de 2008, elaborado no ano anterior pelo Planejamento. Foram empregados 20 navios, 40 aeronaves e 250 outros veículos militares.


VÍDEO - OPERAÇÃO ATLÂNTICO 2008 -
CARROS ANFÍBIOS DA MARINHA (01:44 MIN)


 



OUTRAS OPERAÇÕES


Desde 2005, quando realizou a Timbó 3, uma das sete operações combinadas desencadeadas na Amazônia desde 2002, o foco das Forças Armadas tem sido cada vez maior em áreas com obras de infra-estrutura estratégicas.


No caso, Timbó 3 se destinava à proteção de áreas críticas, particularmente a usina hidrelétrica de Samuel e os aeroportos de Tabatinga, Porto Velho, Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Porto de Tabatinga.
 
Ainda em 2005, foi realizada a Operação Leão, no litoral do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, a fim de salvaguardar as pessoas, os bens e os recursos brasileiros ou sob jurisdição brasileira.



Operação Solimões


Dois anos depois, no período de 28 de maio a 6 de junho de 2007, as Forças Armadas realizaram a Operação Solimões, no jargão militar para "garantia da soberania nacional e manutenção de patrimônio petrolífero da região" - na prática, defesa da área onde a Petrobras explora petróleo e gás em Urucu.


Segundo o Comando Militar da Amazônia, tratou-se de uma operação combinada na Amazônia Ocidental, planejada para adestrar os estados-maiores combinados e as tropas em combates convencionais em área de selva. 
 


Timbó IV


Já a Operação Timbó IV empregou, no período de 17 a 26 de julho de 2007, cerca de 3.500 homens na vigilância das fronteiras, no patrulhamento dos rios, no combate aos delitos transfronteiriços, nos crimes ambientais e na segurança dos empreendimentos estratégicos para o país, como o complexo de extração de petróleo em Coari/Urucu. 

Outra operação em 2007 foi a Operação Albacora, na mesma região do litoral entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, a fim de garantir a soberania nacional, com a preservação da integridade territorial e manutenção do patrimônio petrolífero da região.


VÍDEO - OPERAÇÃO ALBACORA 2007
 - 1ª VAGA (03:33 MIN)

 

1ª Vaga de Assalto Aeroterrestre realizado na 
Zona de Lançamento
(ZL) de Iconha - Espírito Santo, pela Brigada de Infantaria Pára-
Quedista do Exército na Operação Conjunta Albacora 15/09/2007. 




VÍDEO - OPERAÇÃO ALBACORA 2007
 - 2ª VAGA (02:34 MIN)

 
2ª Vaga de Assalto Aeroterrestre realizado na Zona de Lançamento
(ZL) de Iconha - Espírito Santo, pela Brigada de Infantaria Pára-
Quedista do Exército na Operação Conjunta Albacora 15/09/2007. 




VÍDEO - OPERAÇÃO ALBACORA 2007
 - 2ª VAGA (02:34 MIN)




3ª Vaga de Assalto Aeroterrestre realizado na Zona de Lançamento
(ZL) de Iconha - Espírito Santo, pela Brigada de Infantaria Pára-
Quedista do Exército na Operação Conjunta Albacora 15/09/2007. 


No período de 4 a 15 de agosto de 2008, houve a Operação Poraquê, mais um exercício de simulação de uma guerra convencional. Trata-se de uma referência às hidrelétricas amazônicas, pois o poraquê é um peixe que dá descargas elétricas. Ela mobilizou um pouco mais da metade dos homens  Operação Combinada Atlântico - 5 mil militares - custando cerca de R$ 10 milhões.


VÍDEO - ASSALTO AEROMÓVEL NA
OPERAÇÃO PORAQUÊ 2008 (02:19 MIN)



Cerca de 5.300 militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea estiveram participando da Operação nos municípios de Manaus, Presidente Figueiredo, Velho Airão, Barcelos, Novo Airão e São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas; e Caracaraí e Rorainópolis, no Estado de Roraima.



Operação Atlântico

Entre 19 e 30 de julho de 2010, o Comando de Operações Navais da Marinha realizou a Operação Atlântico II

O exercício de treinamento teve planejamento conjunto das Forças Armadas e coordenação do Ministério da Defesa. S
imulou uma guerra moderna em defesa dos interesses nacionais contra a possibilidade de confronto na defesa dos recursos econômicos e naturais do Brasil.

Foram envolvidos na operação 22 navios, 17 aeronaves, 18 tanques de combate e cerca de 10 mil militares. Esta operação foi bem mais complexa que a “Atlântico I”, ocorrida em 2008.
Agata V






Tropas do Exército na Operação Agata 5 (Foto EB)
Já em agosto de 2012, aconteceu a Operação Ágata 5 em uma área de 3,9 mil quilômetros de fronteiras do país com o Paraguai, a Argentina e o Uruguai. 

Cerca de 17 mil militares participam da operação, que se estendeu pelos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul.


Nas quatro edições anteriores da Operação Ágata, foram apreendidas mais de 2,3 toneladas de drogas, 302 embarcações irregulares e 59 armas. As Forças Armadas também dinamitaram, ao longo dessas edições, quatro pistas de pouso clandestinas e fecharam oito garimpos e cinco madeireiras ilegais.

Trata-se de uma operação de fronteira que tem por objetivo a repressão à criminalidade. A área crítica de patrulhamento ocorreu entre as cidades de Foz do Iguaçu, no Paraná, e Corumbá, no Mato Grosso do Sul - onde existe a maior incidência de tráfico de drogas e contrabando.

EXOCET – AVIBRAS e Grupo Europeu MBDA Avaliam Associação




O grupo europeu MBDA, fabricante de mísseis, e a brasileira Avibras, devem fechar uma joint-venture para ampliar o escopo de trabalho, iniciado com o desenvolvimento dos motores MM40, que equipam os mísseis Exocet da Marinha brasileira.
A MBDA, fabricante original do Exocet, faturou € 3 bilhões em 2011 e acumula uma carteira de pedidos da ordem de € 10,5 bilhões. Segundo o presidente da Avibras, Sami Hassuani, a parceria com a MBDA representa um movimento crescente de confiança.
Hassuani ressalta que o modelo de trabalho desenvolvido pelas duas empresas é vantajoso para a Avibras, pois mantém a empresa com tecnologia 100% nacional e independência para o atendimento das Forças Armadas Brasileiras.
A Avibras, segundo ele, já entrou na fase de produção dos motores MM40, desenvolvidos e certificados no Brasil, e a Marinha encomendou várias unidades de série do modelo. O executivo não revelou a quantidade, pois envolve sigilo de contrato.
O projeto do míssil Exocet MM40 teve investimento de R$ 75 milhões desde 2008 e envolve a Mectron, controlada pela Odebrecht Defesa e Tecnologia. A empresa foi responsável pelo sistema de telemetria do míssil, que substituiu a cabeça de combate (carga explosiva) nos testes de qualificação.
“Somos livres para atender o mercado brasileiro e trabalhamos em conjunto com a MBDA no externo”, disse Hassuani.
A MBDA, segundo seu vice-presidente de Vendas e Desenvolvimento de Negócios, Patrick de La Revelière, também será parceira no projeto do míssil AM39 para os helicópteros EC 725 que a Marinha comprou da Helibras. Hassuani disse que a Avibras fará os motores do míssil e a MBDA, a cabeça de guiagem.
A Avibras está centralizando suas operações em duas unidades, localizados em Jacareí e em Lorena, ambos na região do Vale do Paraíba. As duas instalações em São José dos Campos estão sendo desativadas gradativamente, segundo Hassuani.
Uma delas, que fica ao lado da pista do aeroporto da cidade, atrai o interesse de grupos ligados ao setor de aviação executiva.
O presidente da Avibras disse que também analisa a possibilidade de criar um condomínio empresarial no local. A unidade possui 90 mil m2 de área total e conta com prédios de escritórios e galpões industriais. A outra unidade está localizada próxima á Rodovia Presidente Dutra e tem 50 mil m2 de terreno.
A fábrica de Jacareí será transformada na mais moderna unidade de blindados sobre rodas do Brasil, para atender os projetos do lançador de mísseis Astros 2020 e de exportação, além de veículos da linha 4/4 sobre rodas.
“Agora também teremos no mesmo site a produção dos veículos e rampas de lançamentos para todas as aplicações (artilharia de campanha, Astros, artilharia antiaérea, mísseis, lançadores navais, entre outros), afirmou Hassuani.
O presidente da empresa disse que a recuperação judicial da Avibras já está formalmente concluída. “A participação do governo no capital da companhia é algo desejável (não é mandatório) e continua em pauta”, afirmou.
No ano passado, o executivo chegou a falar que existia uma expectativa de que a participação do governo na empresa ficasse entre 15% e 20%. “Este é um assunto mais relacionado aos acionistas da empresa, que continuam muito interessados em um acordo que permita a perpetuidade do negócio, que é altamente ligado ao governo”, comentou.
O governo anunciou, em meados deste ano, a liberação de R$ 300 milhões do PAC Equipamentos (Programa de Aceleração do Crescimento) para a compra de 30 unidades do Astros 2020. O lançador vai aparelhar as unidades de combate da artilharia do Exército.
O projeto, segundo o presidente da Avibras, será implementado em várias fases dentro de um período de cinco anos. O valor total a ser investido pelo governo no programa é de R$ 1,2 bilhão.

13/10/2012

Inovações da DCNS na Euronaval 2012

A equipe editorial da DSI foi encarregada pelo GICAN (Frendh Marine Industry Group) de tratar das “Euronaval Show Dailies”, as notícias diárias da Feira Euronaval 2012.I
Participamos das apresentações da DCNS antes da feira e, depois de visitar os escritórios de Toulon e os canteiros de Lorient, somos capazes de fazer algumas observações sobre o que a empresa irá apresentar no salão.
Navios de superfície
- A FREMM-ER (Extended Range) visa aumentar a capacidade anti-míssil. Desenvolvida desde 2010, ela agora está no catálogo.
(FREMM-ER – Foto DCNS)
A plataforma é semelhante, mas tem um único mastro com radar Thales SF-500, que capitaliza todas as inovações vistas com o radar multifunção Herakles (Hércules). Ele poderia ser utilizado em uma arquitetura DAMB. A DCNS oferece o navio à Marine Nationale Française como base das futuras FREDA (FRÉgate de Défense Aérienne).
- AdvanSea (ADVanced All-electric Networked ship for SEA dominance) também será apresentado, como em 2010 (ver também em DSI, Edição Especial nº 23). Nenhum navio conceito este ano, mas o novo conceito de sistema do Centro de Comando e Informação da DCNS, e CIC NextGen.
(AdvanSea – Arte DCNS)
- A Família Gowind conhece alguns desenvolvimentos. Trata-se de conceber corvetas de combate levando o melhor da FREMM e da Adroit e utilizando o SETIS como sistema de combate. O mastro integrado permite, durante uma modernização, de não “desplugar” o mastro com uma substituição temporária, imobilizando assim a corveta por menos tempo.
(Corveta Gowind – Arte DCNS)
A DCNS trabalha para integrar às Gowind novos sistemas de missão como, por exemplo, uma configuração anti-minas que preserve a plataforma do helicóptero. Apenas o convés traseiro é então reconfigurado.
Submarinos
Além da apresentação do Barracuda / Suffren e da família Scorpene, a DCNS está trabalhando para desenvolver ainda mais o submarino costeiro (mais duradouros: 3 semanas) Andrasta.
Maquete da Andrasta (DCNS)
Quais melhorias são trazidas nele: instalação de extensões de reservatório (para geradores a diesel e combustível), tratamento da ameaça aérea (que também não é limitado ao Andrasta e pode ser aplicado a outros navios ) por:
- A solução Mistral: instalação de um container no reservatório do submarino permitindo o transporte de três tubos de mísseis. O container é libertado hidraulicamente do reservatório antes do desdobramento dos tubos do Mistral em imersão de periscópio.
A solução MICA: possibilidade de lançar o míssil em imersão total, desde as cápsulas tiradas dos tubos lançadores de torpedo principais.
Além disso, a DCNS apresentará o SMX-26, submarino projetado especificamente para operações litorâneas e com formas radicalmente novas, evocando mais um seixo alongado que um submarino.
Maquete do  anterior SMX-25 (DCNS)
Particularidade, ele pode posar sobre o fundo, aplicando rodas. Assim posicionado, o navio tem uma autonomia de 30 dias.
Seu sistema de propulsão liga motores elétricos posicionáveis no local e em azimute, e lhe permite que alcance 8 nós. Ele pode transportar oito torpedo leves, dois pesados  e mísseis anti-aéreos.
Tradução livre de Roberto Silva para o Defesa BR

11/10/2012

VEM AI DISPUTA SOBRE SATÉLITES DE COMUNICAÇÃO


No Brasil, os comentários de bastidores estão pegando fogo. Há críticas de todo lado, por se considerar que, na escolha da empresa responsável pelo Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), o governo optou pela Savis, desconhecida empresa do grupo Embraer.
Os especialistas dizem que foi outra empresa do grupo Embraer, a Atech S/A, quem fez o projeto básico do empreendimento.
Como diria Arnaldo Cézar Coelho, a lei – de licitações, a 8.666 – é clara: quem fez o projeto básico, não pode participar da licitação principal, pois teria enormes vantagens em relação aos concorrentes.
A própria Embraer emitiu comunicado, informando a vitória do consórcio Tepro – formado por suas coligadas Savis, OrbiSat e Harpia.
Participaram da licitação inúmeros consórcios, entre os quais gigantes como Odebrecht, Queiróz Galvão, Andrade Gutierrez – esta junto com a francesa Thales, a antiga Thomson – OAS, Sinergy – de German Efromovich – em associação com a Embratel, do homem mais rico do mundo, Carlos Slim.
Cada processo teria 20 mil páginas, tendo tudo sido julgado em apenas 16 dias úteis. O editor de um site de defesa, afirmou: “As empresas, temerosas de questionar o Exército Brasileiro ou a Embraer Defesa e Segurança, tendem a aceitar a decisão”.
No setor, teme-se que a Embraer saia na frente em outros projetos bilionários, como ocorrerá brevemente com satélites de comunicação. O Sisfron envolve R$ 12 bilhões, mas a parte agora entregue à Embraer se limita a R$ 1 bilhão.
A Embraer tem 51% da Visiona, empresa criada para tratar de satélites geoestacionários. Questiona-se, no mercado que, como 49% da Visiona pertencem ao governo – via Telebrás – essa empresa tenha status especial em Brasília, ou seja, que venha a ser tida como quase estatal.
Uma fonte explica à coluna ser admissível, no mercado mundial, a GFEs, ou seja, empresas que o governo exige que sejam utilizadas – na sigla em inglês para government furnished equipment. A Embraer comprou a Orbisat após esta ter ganho contrato de produção de radares.
Como o Exército desenvolveu excelentes radares – Saber M60 e Saber M200, além do Sentir – a força armada tem o direito de impor a Orbisat.